Um jovem introduziu a mão num valioso porte e estava sofrendo muito
sem conseguir tira-la. Várias pessoas tentaram tirar puxando o porte,
mas como ele sentia muitas dores e sofria, resolverem enfim quebra-lo.
Ao quebrar o pote, qual não foi a surpresa, pois o jovem tinha a mão
cheia de doces e segurava-os firmemente. Desperdiçaram inutilmente um
magnífico pote. Se tivessem usado a inteligência não precisaria
quebra-lo.
“Haja o que houver não quero soltar os doces” – foi este apego que
feria a sua mão e ainda fez quebrar um pote muito valioso. Realmente é
muito perigoso o espírito de apego.
Moral da história: O espírito de apego as pequenas coisas pode lhe custar caro!
A maneira de pegar macacos na Oceania, escrita por Kiumao Nishimura , é bem semelhante a esta historia.
Os nativos daquela região fazem um buraco no coco, ainda no pé, e o
macaco introduz a mão no buraco querendo tirar o saboroso conteúdo. O
homem sobe na arvore e captura o macaco atarantado que, segurando o
conteúdo, não consegue tirar a mão do coco. Se soltasse o que havia
pegado, estaria salvo, mas a limitada inteligência do macaco não permite
que compreenda essas coisas.
Se aquela pessoa tivesse largado os doces que segurava, tanto a tua
mão como o valioso pote estariam salvos. Se o macaquinho tivesse soltado
o conteúdo do coco talvez houvesse podido voltar correndo aos braços da
querida mãe.
No mercado de trabalho esse tipo de atitude também pode lhe custar
caro. Há muitos anos, trabalhei durante algum tempo no escritório de uma
pequena indústria. Nela alguns funcionários tinham o costume de parar
de trabalhar 15 minutos antes do horário e se preparavam para sair.
Lembro-me que o dono da empresa ficava bastante contrariado com a
atitude e quando precisava reduzir o pessoal, mandava embora sempre os
que se adiantavam para sair. Uma vez perguntei para um dos funcionários
porque ele parava de trabalhar 15 minutos antes de terminar seu horário.
Ele respondeu que se espera-se tocar o sinal, acabaria ficando dentro
da empresa 15 minutos a mais, sem receber, somente para se limpar e
arrumar suas coisas para sair.
Aos olhos da lei trabalhista não sei dizer ao certo quem estava ou
não com a razão. Mas, pelo menos para mim, o pouco tempo que ele
ganhava parando seu serviço mais cedo, não compensava o risco de ser
mandado embora de uma empresa que lhe dava um salário razoável e bons
benefícios.
Mas algumas pessoas são assim, perdem muito na vida por se apegar demais as pequenas coisas…
Beijos, Luciene Lima.
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